Hoje estou aqui no II Simpósio Internacional de Escoliose AACD e peguei lugar logo a primeira fila para trazer todas as informações para vocês!
Um dos assuntos mais falados aqui é sobre a escoliose idiopática do adolescente, exatamente a que eu tive. Abaixo algumas evidências apresentadas bem importantes sobre essa condição:
- Esse tipo de escoliose representa 80% dos casos, por isso é muito importante acompanhar a coluna das nossas crianças e adolescentes;
- A causa é desconhecida até hoje, embora já existam estudos de genes que possam estar relacionados;
- Alguns indicadores hormonais também podem estar relacionados a escoliose idiopática;
- Curvas acima de 100 graus já comprometem a função pulmonar;
- Curvas para esquerda são a minoria dos casos;
- O exame EOS, que hoje já é solicitado por alguns médicos, é muito menos agressivo para o corpo. O Dr. Paulo Cavali, médico do meu filho, pediu no início do acompanhamento e constatei que de fato é muito melhor que um raio-x. O EOS é um sistema de imagem inovador para o cuidado ortopédico avançado da coluna vertebral, fruto da evolução de uma brilhante ideia de um Prêmio Nobel de Física (Georges Charpak, em 1992). A invenção possibilitou o desenvolvimento de um novo detector de raios-x ultrassensível, que permite realizar exames rápidos (20 segundos), com qualidade 2D e 3D, em posição ortostática funcional;
- A fisioterapia é considerada totalmente eficiente como tratamento conservador;
- Colete ortopédico deve ser usado mais de 18 horas por dia e funciona de verdade, evitando assim a cirurgia em muitos casos.
- O colete de Milwaukee não é mais indicado para o tratamento da escoliose. Hoje já existem os coletes 3D, muito mais eficientes.
E o que esperar do futuro?
- Testes genéticos para identificar a escoliose;
- Trabalho com dados e learning machine;
- Cirurgia realizada por robôs.
A palavra-chave continua sendo detecção precoce, pessoal! Quanto antes descobrirmos a curva, melhor o resultado do tratamento.
