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Livro - A Menina da Coluna Torta, por Julia Barroso
Livro - A Mulher da Coluna Torta, por Julia Barroso
  • Foto do escritorJulia Barroso

O pilates e a coluna torta

Que o pilates não é tratamento para escoliose nós já sabemos bem. Ao longo dos últimos anos, muito se evoluiu em relação aos estudos e evidências científicas sobre o tratamento conservador da escoliose e o que de fato funciona. Crianças e adolescentes diagnosticados com a condição, dependendo do grau de curvatura apontado no exame de imagem e do momento de sua maturidade esquelética, devem ser tratados com o uso do colete ortopédico indicado para escoliose e com exercícios específicos de fisioterapia para escoliose. Esta é a fórmula do tratamento conservador que mais funciona atualmente para conter as curvas e, em alguns casos, até regredir um pouco o que já entortou na coluna. Dito isso, é muito importante ressaltar que atividades físicas como natação, pilates, musculação, corrida, ciclismo ou o que quer você goste e o médico libere, são muito importantes não só para a saúde do nosso corpo, como para nossa saúde mental.

 

Então, hoje quero contar para vocês a história da Cristina Santos, uma paciente de escoliose de Jaguaribe, uma cidade bem pequena do interior do Ceará, que usa o pilates como recurso fundamental em sua vida. Na verdade, prefiro que ela mesma conte para vocês rsrsrs:

 

“Descobri a escoliose aos 11 anos e comecei a usar o colete de Milwaukee (a minha tortura diária) até os meus 16 anos. Como não tive um resultado satisfatório com o tratamento conservador, me encaminharam para a cirurgia e, na época, o médico (não sei se posso chamar de médico) que me acompanhava me passou muito medo e eu desisti da cirurgia. Já na fase adulta, a curva aumentou muito e chegou a 70 graus. Foi quando procurei ajuda novamente aos 31 anos. Fiquei na fila de espera por 7 anos e em 07 de junho de 2023 fiz minha tão sonhada cirurgia na AACD. Com um pós-operatório tranquilo, voltei a trabalhar após 2 meses e 20 dias.

 

Com 5 meses após a cirurgia o meu médico me liberou para fazer pilates. Adiei um pouco para começar por conta de medo. Eu estava muito rígida, com dificuldade para abaixar e pegar algo no chão. Calçar tênis, colocar calça jeans, levantar braços, fazer algumas tarefas de casa e realizar alguns movimentos básicos do dia a dia me incomodava bastante.

 

Resolvi então enfrentar o medo e comecei a fazer o pilates há 2 meses. Como está sendo ótimo. Mesmo em pouco tempo, ganhei flexibilidade para abaixar e levantar sem ajuda. Antes, não conseguia ficar sentada ou em pé por mais de duas horas, porque doía a lombar e as minhas pernas. Mas com os exercícios de pilates, voltei a fazer minhas tarefas de casa e consigo ficar mais tempo em pé sem sentir dor. Além disso, ganhei muito equilíbrio (tudo caia das minhas mãos).

 

Claro que tem um dia ou outro que sinto um pouco de dor, mas acredito que faça parte, afinal são 22 parafusos na coluna rsrs. O principal, que é a flexibilidade que temos medo de perder, graças a Deus e ao pilates, está voltando.

 

Nosso maior medo em fazer a cirurgia é ficar muito dura, muito rígida. Se não fizermos a nossa parte, que são os exercícios físicos para fortalecer a musculatura, não teremos o resultado que desejamos.

 

Optei em começar minhas atividades físicas pelo pilates, porque encontrei uma professora muito boa e que pensa no meu bem-estar, sempre atenta aos movimentos para não me prejudicar e sempre me perguntando se algo está me incomodando para poder trocar o exercício. Ela é maravilhosa (Estúdio Pilates Michelle Dourado).”

 

pilates e coluna torta
A meta da Cris é conseguir colocar a mão no chão

Quero saber de você também. Qual o tipo de exercício que te ajuda no dia a dia?

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