No último sábado, participei de um encontro online, promovido pela Associação Brasileira de Tratamento da Escoliose (ABTE), voltado para pacientes de escoliose e seus pais. Gostei muito do nome do evento "Tratando Escoliose para Pais e Filhos", que já diz exatamente para que veio.
Logo no início já chorei com o depoimento de uma mãe, que abriu o encontro falando de como ela e sua filha encararam juntas o diagnóstico da escoliose e como tem sido o caminho até aqui. Mais uma menina da coluna torta, né gente? Neste mesmo painel, tive a honra de ser citada em voz alta pela Thayna Giovana, uma menina linda que tem escoliose congênita e que me agradeceu por ter a ajudado com o meu primeiro livro, quando ela mais precisou. Ela viu que eu estava online e fez essa homenagem para mim. O mais legal é que ela também escreveu dois livros sobre sua história com a escoliose: "Para guardar do lado direito do peito" e "A vida com alguns parafusos a mais".
O evento trouxe ótimas palestras nacionais e internacionais, inclusive com tradução simultânea, de médicos, psicólogos e fisioterapeutas. Entre os nomes estavam, Dra. Maria Cândida Luzo, Dr. Olavo Letaif, Dr. Alex Araujo e Dra. Patricia Baracat. Com temas como "O desafio de incorporar o tratamento conservador da escoliose na rotina do adolescente", "Enxergando além do ângulo de Cobb na escoliose" e "Riscos e benefícios do tratamento da escoliose neuromuscular", o encontro trouxe muita informação interessante e trocas entre os participantes, que podiam fazer suas perguntas ao palestrantes ao final de cada palestra.
Notei, que muito se falou sobre a importância de não olharmos somente para o ângulo de Cobb no tratamento da escoliose. Esse é apenas mais um dos indicadores, mas não pode ser o principal. É preciso avaliar diversos fatores clínicos ao longo do tratamento e não ficarmos obcecados com o grau da curva. Outro assunto bastante debatido foi o uso do colete e o quanto ele ajuda no tratamento conservador da escoliose, mas claro, é preciso olhar com muito carinho caso a caso, pois não há um colete ideal e sim o melhor para cada paciente.
Galera da coluna torta, esse foi mais um encontro maravilhoso e importante para falarmos sobre essa condição, que muitas vezes, nos deixa de cabelo em pé de tão intrigante que é. Porém, quanto mais a gente estuda e entende, mais podemos passar conhecimento adiante e ajudar quem precisa!
E aí, gostaram? Deixem seus comentários!
Uma honra contar com você no nosso evento, aprender com os colegas e poder ajudar a esclarecer dúvidas comuns na vida dos pacientes com escoliose!
Seu trabalho é incrível! Obrigada!