Pessoal, nem só de escoliose vive o livro "A menina da coluna torta". Apesar de nele eu contar toda a minha saga com a deformidade, desde os meus 11 anos, e tudo que eu senti com a descoberta do diagnóstico, o uso do colete de Milwaukee em plena adolescência e a cirurgia, também conto no livro minhas aventuras e viagens.
Sem dúvida, a viagem mais marcante para mim enquanto eu era adolescente foi o tempo que passei em Londres, na Inglaterra. Antes de morar lá, fui de férias com a minha tia e minha mãe e me apaixonei de uma forma tão grande, que voltei para passar um ano lá estudando inglês e marketing. Amo tanto falar desta minha época, que vou colocar um trechinho do livro abaixo para vocês:
"Em novembro de 1997, com 16 anos, vendi algumas coisas pessoais, me matriculei em um curso de inglês em Londres por meio do consulado da Inglaterra, em São Paulo, e comprei uma passagem para embarcar logo em janeiro. Só então contei para os meus pais. Disse a eles que sabia o que estava fazendo e que não aguentava mais o Brasil, o colégio e as mesmas pessoas de sempre. A passagem já estava comprada, eles não tinham o que fazer. Eu chegaria em Londres sozinha, sem falar uma palavra de inglês, no frio louco e sem dinheiro. O que me ajudou, e muito, foi o apartamento emprestado do Michael e o cartão do banco dele. Foi uma ajuda incrível. O apartamento era bem pequenininho, mas um luxo, e a localização era ótima. Com o cartão eu podia fazer supermercado e comprar roupas para me proteger daquela friaca. Minha mãe e Michael estavam no Brasil e só voltariam para Londres meses depois, para me encontrar. A reação do meu pai eu já esperava: ficou todo empolado; vovó Selma e Didi quase morreram do coração. Maria, minha tia, amou a ideia; começou inclusive a planejar sua ida também."
Nesta época eu já não usava mais o colete, estava de alta, porém ainda não tinha feito a cirurgia, que só descobri que precisaria quando voltei para o Brasil. Este ano em Londres foi um dos melhores da minha vida e ganhei ali uma experiência incrível, fora que aprendia falar inglês rsrsrs o que é sempre bom!
Essa é um pouquinho da minha história, mas quero saber a de vocês também. Alguém aí tem uma aventura para contar na fase da adolescência?
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