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Livro - A Menina da Coluna Torta, por Julia Barroso
Livro - A Mulher da Coluna Torta, por Julia Barroso
  • Foto do escritorJulia Barroso

Apesar da coluna torta, eu me amo!

Há alguns dias, fiz um post no Instagram com a frase "Tenho escoliose e me amo muito" e então perguntei quem mais se amava mesmo com a coluna torta. O mais legal de tudo é a diversidade de respostas que recebo neste tipo de postagem. Isso porque estamos falando de seres-humanos, onde cada um tem uma experiência e percepção sobre determinada situação e sobre si mesmo. Neste post que fiz, recebi comentários de pessoas que concordavam com a minha frase e de outras que disseram que não se amam por conta da escoliose.


Sabemos que enfrentar a escoliose não é fácil, aliás, é um grande desafio, que nos tira o sono, justamente porque não temos a certeza de nada do que vai acontecer. A gente tenta de tudo, mas certeza mesmo não temos e isso gera bastante insegurança tanto em quem tem a deformidade, quanto nos familiares mais próximos. Mas a questão que fica é: tem como nos amarmos com a coluna torta?


Na minha visão, temos que separar bem essa pergunta. Afinal, uma coisa é não gostar da escoliose, outra, bem diferente, é não gostar de si mesma.


Odeio a escoliose e minha coluna torta

Natural! Quem gosta, né? Essa doença da coluna não é nada fácil de encarar, principalmente quando ficamos perdidas em relação a tratamento e perspectivas. Na verdade, pior que isso é o que a coluna torta causa na nossa autoestima e no nosso físico. Nos olhamos no espelho e lá vem aquela sensação de "sou horrorosa, olha só essas costas". Ou então lá vem o mais clássico de todos os pensamentos "Por que comigo?". Pois é, isso traz uma tristeza grande e, muitas vezes, sucumbimos a esse sentimento. Porém, isso não significa que não somos felizes em muitos momentos do dia ou que não nos amamos. Significa que não amamos a escoliose. Podemos ter momentos de infelicidade por conta da condição. Normal. Mas deixar de gostar de nós mesmas é um outro degrau, bem mais alto.


Não gosto de mim mesma

Essa já é uma questão muito mais profunda e que precisa de ajuda psicológica para entender de onde vem essa falta de amor próprio e o que fazer para recuperar isso. Pode ser que a escoliose seja, de fato, o seu pior problema. Passei por isso e eu sei bem como é. Acredite! Mas se a encararmos como uma parte de nós, apenas, fica mais fácil de seprarar as coisas. A coluna torta ou qualquer outra deformidade não nos define, de jeito nenhum, ela é uma condição que temos em nosso corpo. O que nos faz ser quem somos é a nossa personalidade, mentalidade, caráter, nossa forma de encarar a vida e como lidamos com as difuldades que aparecem ao longo da nossa jornada. Sim ou sim? Então, caso você esteja nesta situação de achar, realmente, que não gosta de si mesma, tente ver tudo por um outro ângulo. Se não conseguir, não deixe de pedir ajuda a um psicólogo ou psicóloga. Tenho certeza que um bom profissional da área vai saber conduzir essa questão da melhor maneira possível e trazer esse amor próprio de volta!


No post "Quatro dicas para melhorar a autoestima de quem tem escoliose" eu abordo alguns pontos que acho importante forcarmos para que a gente se ame e seja feliz mesmo com escoliose.


Pra mim foi uma questão de aprender, com o tempo, a separar essas duas coisas. Eu não gosto da escoliose, fato. Mas hoje eu posso dizer, com toda certeza, que me amo, apesar da coluna torta.


coluna torta
Eu me amando, mesmo com escoliose

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